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.Agora é o momento de busca-la, já que temos umsonho comum: reconstruir Akbar. Como podemos fazer algo impossível? Com entusiasmo.Os olhos escondidos pela tristeza e pelo desanimo, queriam brilharde novo.Já não eram mais os inúteis habitantes que iam assistir os julgamentos, embusca de um assunto para conversar no final da tarde; tinham agora uma importantemissão pela frente, eram necessários.Os mais resistentes separaram o material ainda aproveitável dascasas que tinham sido muito danificadas, e o utilizaram para recuperar as que aindacontinuavam de pé.Os mais idosos ajudaram a espalhar pelos campos a cinza doscorpos que haviam sido incinerados, para que os mortos da cidade pudessem serlembrados na próxima colheita; outros se incumbiram de separar os grãos estocadosdesordenadamente por toda a cidade, fazer o pão, e tirar a água do poço.158Duas noites depois, Elias reuniu todos os habitantes na praça -agora limpa da maior parte dos destroços.Alguns archotes foram acesos, e elecomeçou a falar. Não temos escolha , disse. Podemos deixar que o estrangeirofaça este trabalho; mas isto significa também que renunciamos a única chance queuma tragédia nos dá: a de reconstruir nossa vida. As cinzas dos mortos que incineramos alguns dias atrás, vão setransformar nas plantas que tornarão a nascer na primavera.O filho que foi perdidona noite da invasão, se transformou nas muitas crianças que correm livres pelas ruasdestruídas, e se divertem invadindo lugares proibidos e casas que nunca conheceram.Até este momento, apenas as crianças foram capazes de superar o que houve,porque não tem um passado - tudo o que conta é o momento presente.Procuraremos,então, agir como elas. Pode um homem apagar do coração a dor de uma perda?perguntou uma mulher. Não.Mas pode alegrar-se com um ganho.Elias virou-se, e apontou para o topo do Monte Cinco, semprecoberto de nuvens.A destruição das muralhas fizera com que ele fosse visível docentro da praça. Eu acredito num Senhor único, mas voces pensam que os deuseshabitam naquelas nuvens.o alto do Monte Cinco.Não quero agora discutir se meuDeus é mais forte ou mais poderoso; não quero falar de nossas diferenças, mas denossas semelhanças.A tragédia nos levou a um sentimento comum: o desespero.Por159que isto aconteceu? Porque achavamos que tudo já estava respondido e resolvido emnossas almas - e não podiamos aceitar qualquer mudança. Tanto voces como eu pertencemos a nações comerciantes, mastambém sabemos nos comportar como guerreiros continuou ele. E um guerreiro ésempre consciente daquilo por que vale a pena lutar.Não entra em combates quenão interessam, e nunca perde seu tempo com provocações. Um guerreiro aceita a derrota.Não a trata como algo indiferente,nem tenta transforma-la em vitória.Ele amarga a dor da perda, sofre com aindiferença, e fica desesperado com a solidão.Depois que passa por tudo isto,lambe suas feridas e recomeça tudo de novo.Um guerreiro sabe que a guerra écomposta de muitas batalhas; ele segue adiante. Tragédias acontecem.Podemos descobrir a razão, culpar osoutros, imaginar como teria sido diferente nossas vidas sem elas.Mas nada disto temimportância: elas já aconteceram, e pronto.A partir daí precisamos esquecer omedo que elas nos provocam, e dair início à a reconstrução. Cada um de vocês dará um novo nome a si mesmo, a partir deagora.Este será o nome sagrado, que sintetiza em uma palavra tudo aquilo pelo quesonharam lutar.Para meu nome, escolhi Libertação.A praça ficou em silêncio por algum tempo.Então, a mulher queprimeiro ajudara Elias levantou-se. Meu nome é Reencontro , disse. Meu nome é Sabedoria , falou um velho.O filho da viúva que Elias tanto amara, gritou: Meu nome é Alfabeto.As pessoas na praça caíram na gargalhada.O menino,envergonhado, tornou a sentar-se. Como alguém pode chamar-se Alfabeto? gritou outro menino.160Elias podia interferir, mas era bom que o garoto aprendesse a sedefender sózinho. Porque era isto que minha mãe fazia , disse o garoto. Sempreque olhar as letras desenhadas, vou me lembrar dela.Desta vez, ninguém riu.Um a um, os órfãos, viúvas e velhos deAkbar foram dizendo seu nomes, e suas novas identidades.Quando a cerimôniaterminou, Elias pediu que todos dormissem cedo: precisavam recomeçar o trabalhona manhã seguinte
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